Acidente Vascular Cerebral (AVC):

O AVC representa uma das principais causas de mortalidade e de incapacidade irreversível no nosso meio.
A ocorrência desta doença costuma trazer danos neurológicos graves com prejuízo de funções como a capacidade de locomoção, distúrbios de fala e comunicação entre outras lesões que levam a perda de autonomia e drástica mudança da qualidade de vida da pessoa que sofre o AVC e de seus familiares.

O que é o AVC?

O AVC é uma lesão secundária a alterações vasculares por oclusão ou ruptura de vasos que irrigam as estruturas cerebrais.
O AVC isquêmico relaciona-se com a oclusão e interrupção do fluxo sanguíneo cerebral em uma parte do cérebro, enquanto o AVC hemorrágico é consequência de ruptura de vasos cerebrais com extravazamento de sangue causando hematomas intracranianos.

Quais são as causas do AVC?

Geralmente, o AVC é consequência de efeitos acumulativos de fatores de risco, que danificam as paredes de vasos supridores do sistema nervoso central, ocasionando fragilidades que culminam em oclusão ou rupturas vasculares cerebrais. Entre os fatores de riscos, destacam-se:
hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, tabagismo, arritmias cardíacas e sedentarismo.

Como evitar o AVC?

Na grande maioria dos casos, é possível previnir ou minimizar as chances do AVC através do controle dos fatores de risco.
A adoção de bons hábitos de vida como alimentação saudável, atividade física regular, abolição do tabagismo, controle do peso, avaliação clínica e laboratorial periódica minimizam consideravelmente a chance de se ter um AVC.

Quais sintomas do AVC?

O reconhecimento precoce dos sintomas do AVC é de extrema importância e deve ser amplamente divulgado não só no meio médico mas em toda sociedade.
A rapidez no encaminhamento para o atendimento médico de referência é essencial nos casos de suspeita de AVC, para um melhor prognóstico tanto em termos de seqüelas como de preservação da vida.
Sinais e sintomas mais comuns:

 Paralisia súbita de um ou mais membros, geralmente em apenas um lado do corpo;
 Dificuldade súbita de se equilibrar ou caminhar;
 Dificuldades na fala (“fala enrolada ou pastosa”);
 Paralisia ou fraqueza no rosto (“boca ou rosto torto”);
 Confusão mental súbita ( “não consegue entender frases simples, não reconhece pessoas ou locais, mudanças de comportamento súbitas);
 Dor de cabeça súbita sem antecendentes (“pior dor de cabeça da vida”);

A sigla FAST, em inglês, elaborada por especialistas, é uma ferramenta simples mas eficiente para se checar a suspeita de AVC:

Face – Rosto: observar desvio da face, espontaneamente ou solicitando que a pessoa sorria

Arms – Braços: solicita-se que a pessoa levante os braços a frente do corpo.  Em casos de AVC a tendência é que um dos braços desça antes do outro.

Speech – Fala: observe se a pessoas conseguem falar de forma clara ou se conseguem repetir uma frase simples.

Time – Tempo: Caso a pessoas tenham alguns dos sintomas descritos, encaminhar imediatamente para atendimento médico.

Na suspeita de AVC, como proceder?

Havendo suspeita de AVC, deve-se encaminhar a pessoa imediatamente para atendimento médico.

Medidas domicilares costumam ser ineficazes e muitas vezes perigosas. É muito comum familiares ou pessoas próximas tentarem auxiliar com uso de medicamentos calmantes ou para diminuir a pressão arterial ou AAS diante do surgimento de sintomas repentinos e aflitivos.

Tratamento do AVC na fase aguda:

A fase aguda do AVC (nas primeiras horas dos sintomas) é o período crítico quanto a tomada de decisões de tratamento e consequetemente do prognóstico. Em muitos casos é possível reverter o avanço de lesões neurológicas e preservação da autonomia e qualidade de vida, desde que sejam tomadas medidas especalizadas, a nível hospitalar, de forma precoce e precisa.
Nessas ocasiões é necessário uma estrutura hospitalar, com atendimento interdisciplinar, envolvendo profissionais de saúde qualificados, recursos diagnósticos e terapêuticos de diversas áreas da medicina.